Uma lâmpada elétrica se acende – quando uma corrente de um ampère, ou seja, 6 quintilhões de elétrons – flui a cada segundo.
O segundo personagem, Alessandro Volta (1745-1827), físico italiano, criou as pilhas que permitiram a outros pesquisadores investigar a força capaz de “empurrar” todos aqueles elétrons, apesar de ele não ter entendido o porquê do seu funcionamento.
Rankine, amigo de Thompson e de Faraday, sugeriu a noção de “energia potencial”. Os dois últimos, Thompson e Faraday, estudaram e concluíram que 1 VOLT deveria apenas medir a magnitude (locomotiva conduzindo passageiros encosta abaixo) dessa força, sendo o trabalho por elétron que cria essa corrente elétrica.
Estudando o contato de um eletricista à rede elétrica e utilizando a Lei de Ohm, podemos ilustrar o seguinte, com Tabela 1, fórmula e Figura 1 abaixo:
Antes da realização de cálculos, faz-se necessário conhecer o limiar de percepção da corrente elétrica e seus efeitos, com destaque para os cinco itens a seguir:
1 – As perturbações produzidas por um choque elétrico dependem da intensidade da corrente elétrica – linha vermelha da Figura 1 – que atravessa o corpo humano;
2 – Até o limiar de sensação, a corrente que atravessa o corpo humano é considerada praticamente inócua, qualquer que seja sua duração, apesar de alguns autores tratarem do efeito cumulativo dessas correntes. A partir desse valor, à medida que a corrente cresce, a contração muscular se intensifica e vai se tornando mais desagradável;
3 – Em frequências industriais (50 – 60 Hz), desde que a intensidade da corrente elétrica não exceda o valor de 9 mA (nove miliamperes), o choque não produz alterações de consequências graves. Todavia, quando esta intensidade ultrapassa 9 mA, as contrações musculares tornam-se mais violentas e podem chegar ao ponto de impedir que a vítima se liberte do contato com o circuito. Ressalte-se que se a zona torácica for atingida, poderão ocorrer asfixia e morte aparente, caso em que a vítima de fato pode vir a óbito, em não sendo socorrida a tempo;
4 – Correntes maiores do que 20 mA (vinte miliamperes) são muito perigosas, mesmo quando atuam durante curto espaço de tempo. Já as correntes da ordem de 100 mA, quando atingem a zona do coração, produzem fibrilação ventricular em apenas 2 ou 3 segundos, e a morte é praticamente inevitável;
5 – Correntes de alguns Ampéres, além de gerarem asfixia pela paralisação do sistema nervoso, ainda produzem queimaduras extremamente graves, com necrose dos tecidos. Portanto, nesta faixa elevada de intensidade de corrente elétrica não é possível o salvamento, sendo que a morte é instantânea.
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