A população global está continuamente crescendo, levando a um aumento no uso de recursos e à necessidade cada vez mais evidente de seu uso racional. Alimentos, energia e água são recursos interligados essenciais para o bem-estar humano. A produção de alimentos necessita de energia elétrica e água para a irrigação, por exemplo, e a geração de energia elétrica por sua vez, pode competir com a produção alimentar no uso da terra.

Painéis solares fotovoltaicos têm se tornado uma alternativa crescente ao suprimento energético com o intuito de gerar energia elétrica limpa, renovável e acessível. No entanto, usinas solares de grandes dimensões podem gerar alterações no uso do solo e ocupar terras produtivas.A população global está continuamente crescendo, levando a um aumento no uso de recursos e à necessidade cada vez mais evidente de seu uso racional. Alimentos, energia e água são recursos interligados essenciais para o bem-estar humano. A produção de alimentos necessita de energia elétrica e água para a irrigação, por exemplo, e a geração de energia elétrica por sua vez, pode competir com a produção alimentar no uso da terra.
Painéis solares fotovoltaicos têm se tornado uma alternativa crescente ao suprimento energético com o intuito de gerar energia elétrica limpa, renovável e acessível. No entanto, usinas solares de grandes dimensões podem gerar alterações no uso do solo e ocupar terras produtivas.

Os sistemas agrivoltaicos são uma solução para esse problema. Ao se utilizar painéis fotovoltaicos sobre as plantações alimentícias, é possível gerar mutuamente energia e alimento, aumentando o rendimento da terra e não gerando competição entre os dois usos.

Além disso, o sombreamento gerado pelos painéis pode beneficiar o crescimento de plantas sensíveis ao sol e auxiliar a diminuir a perda de água da planta, diminuindo a quantidade de água necessária para irrigar a cultura.

A tecnologia agrivoltaica já está sendo utilizada em alguns países, como Itália, França, Alemanha, China, Japão, Estados Unidos e Chile. Enquanto os outros países se concentram em sistemas de pequeno e médio porte, a China já está utilizando a tecnologia para sistemas de grande porte [1]. Um exemplo disso é o projeto chinês Changshan, utilizado para a produção de energia elétrica e arroz, com uma capacidade projetada de 30 MW e que pode ser visualizado na Figura 1.

No Chile, três pilotos foram instalados para a produção de hortaliças, tendo cada um uma potência instalada de 13 kWp, podendo gerar até 20,8 MWh em um ano e deixar de emitir 8,8 toneladas de dióxido de carbono.

Pesquisas de campo ainda devem ser feitas para validar o uso do sistema agrivoltaico em diferentes condições, como diferentes climas, solos e culturas agrícolas. Além disso, novas tecnologias podem ser implementadas, como a utilização de painéis solares fotovoltaicos bifaciais ou transparentes.

O uso da tecnologia agrivoltaica é uma alternativa promissora para a produção de alimentos de forma renovável, sustentável e com uso racional de recursos, favorecendo uma produção agrícola mais verde.

 

 

Fonte: [2]
[1] WESELEK, Axel. “Agrophotovoltaic systems: applications, challenges, and opportunities. A review”. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13593-019-0581-3
[2] Tonking New Energy, “First phase of Changshan PV Station connected to grid”. Disponível em: http://tonkingtech.com/english/news_show.aspx?newsCateid=117&cateid=117&NewsId=137