Frotas de ônibus para além do transporte
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A carência por energia é um fator na história da humanidade. De uma certa maneira, o setor energético está constantemente em regime de transição, seja pela adequação às tecnologias inovadoras e modernização do sistema, seja pela inserção de novas fontes de energia na matriz energética. O mundo está passando por uma mudança de paradigma, que propõe uma transformação profunda na maneira de produzir e consumir energia, denominada de transição energética.
Este conceito é relacionado ao propósito de substituir a utilização de fontes baseadas em combustíveis fósseis, as quais são finitas e prejudiciais ao meio ambiente, por fontes renováveis. Entre os objetivos dessa transição, está a redução de custos e consumo, diminuição da pegada de carbono e a melhoria da infraestrutura de energia para toda a população mundial.
Novas perspectivas surgiram sobre a utilização dos recursos energéticos. A reflexão acerca de aspectos como sustentabilidade, poluição ambiental, aquecimento global, custo social e segurança energética, têm se movido para o centro das discussões políticas e ambientais.
A produção e o consumo de energia são responsáveis, direta e indiretamente, por grandes impactos ambientais. Os setores de energia e transporte são uns dos que mais utilizam combustíveis fósseis, mediante processos de combustão, os quais emitem dióxido de carbono (CO2) e outros gases do efeito estufa (GEE), fenômeno responsável pelo aquecimento global.
Diante dessa problemática é preciso vislumbrar iniciativas de contenção e uso racional da energia. As fontes de energia renováveis são recursos naturais considerados inesgotáveis e seu uso traz diversas vantagens, haja visto que agridem minimamente ao meio ambiente, se comparadas às fontes convencionais, viabilizam a criação de novos empregos e investimentos em zonas desfavorecidas, reduzem a dependência energética aos combustíveis fósseis, conferindo autonomia energética a um país, uma vez que a sua utilização não depende da importação de combustíveis fósseis.
É possível observar que a matriz energética brasileira conta com um número expressivo de fontes de energia renováveis em relação aos demais países. Segundo o Balanço Energético Nacional (2020) pela EPE, o Brasil possui 46,2% de sua matriz energética baseada em fontes renováveis. Tal percentual representa uma marca a ser atingida pelos principais países que se comprometem com a transição energética. Em termos de números, o Brasil está compatível com a Alemanha, que apresenta 44.6% de fontes renováveis em sua matriz energética.
O maior desafio é promover a diversificação da matriz energética de modo sustentável, objetivando melhora na confiabilidade do fornecimento de energia, suprindo as necessidades da população brasileira em crescimento. Assim, o fornecimento de energia deve apresentar custo acessível a todos os setores de consumo, do produto ao individual, garantindo a cada cidadão acesso à energia de qualidade.
Além disso, é necessário superar desafios tecnológicos na ciência de materiais e engenharia Dentre os principais estudos, observa-se que os processos híbridos, ou seja, aqueles onde existe mais de uma fonte de energia e mais de um tipo de processo de conversão, são os mais indicados para se atingir um processo limpo e sustentável, e portanto, são essenciais para alcançar uma economia de baixa emissão de carbono.
É importante também respeitar as características de cada região de estudo, entendendo a situação socioeconômica e cultural que cada uma atravessa, e assim, identificando para um plano de soluções mais adequado. O Brasil tem plenas condições de se destacar no processo de transição energética e se tornar uma referência mundial, haja visto que já dispõe de uma matriz energética fortemente alicerçada em fontes renováveis. Além disso, por ser um país tropical, apresenta um potencial solar muito maior que em outros continentes.
Referências:
[1] Empresa de Pesquisa Energética – EPE, “O Compromisso do Brasil no Combate às Mudanças Climáticas: Produção e Uso de Energia.” Disponível em:
https://www.epe.gov.br/sites-pt/sala-de-imprensa/noticias/Documents/NT%20COP21%20iNDC.pdf
[2] Empresa de Pesquisa Energética – EPE, “Mudanças Climáticas e Desdobramentos sobre os Estudos de Planejamento Energético: Considerações Iniciais.” Disponível em:
https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-227/topico-457/Mudancas%20Climaticas%20e%20Planejamento%20Energetico.pdf
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