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O Desenvolvimento Sustentável há muito tem sido discutido e pode ser uma alternativa ao modelo de desenvolvimento predatório ao meio ambiente. Aquelas populações em vulnerabilidade socioambiental sofrem com maior intensidade os impactos negativos causados pelas pressões antrópicas sobre a natureza. A contaminação hídrica, do solo e do ar e os impactos decorrentes do consumo exacerbado de matéria-prima põem em risco o estabelecimento da vida no Planeta. Não somente das vidas animais e vegetais, mas das humanas, em que o ar puro e a alimentação saudável, por exemplo, são fatores inerentes à qualidade de vida e bem estar.
A exemplo das indústrias de mineração e petróleo, os impactos negativos gerados por determinadas atividades podem gerar obrigações do empreendedor em minimizar a perda em qualidade ambiental, com vistas a recompor o ambiente afetado por determinada atividade. Ora, tem-se a atualidade permeada por atividades nocivas ao meio ambiente, em que os impactos negativos gerados não encontram na natureza adequada capacidade de absorção, devendo, portanto, o responsável colaborar com a recuperação dos recursos naturais afetados ou minimizar os impactos, especialmente na área de influência da atividade.
Os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) pertencem ao conteúdo da Agenda 2030, em que há previsão de metas a serem alcançadas através de políticas públicas e participação social. É um compromisso mundial, do qual o Brasil é signatário, tendo como referência o ano de 2030 para atendimento dos objetivos.
Há que se considerar os fatores que norteiam os ODS, cujos fundamentos baseiam-se em quatro dimensões: social, ambiental, econômica e institucional. Os objetivos serão alcançados se as instituições governamentais e as organizações da sociedade civil estiverem engajadas e em comum acordo sobre suas responsabilidades referentes a este tema. O alcance de cada ODS representa salto significativo na busca por cidades mais verdes, igualitárias e prósperas. O poder público e a coletividade devem estar empenhados em defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações.
Cada um dos 17 ODS está relacionado a uma dimensão ou a mais de uma. Ação contra mudança do clima e vida terrestre estão diretamente associadas à dimensão ambiental, no entanto, também possuem rebatimento sobre o viés social e sobre o viés econômico. A proteção da vida terrestre eleva a biodiversidade. A composição química do solo e a vegetação que ali se desenvolve influenciam a segurança alimentar, cujo reflexo incide sobre saúde e economia. A prevenção contra os processos de mudanças climáticas deve envolver ação social e gerar impactos positivos sobre a agricultura. Os ODS devem estar na pauta das instituições governamentais e contar sempre com o apoio da coletividade para alcançar sucesso nas ações.
As cidades verdes e sustentáveis devem servir como referência para aquelas cidades que já reconhecem a necessidade de elevar a qualidade ambiental. As regiões habitadas por parcela da população brasileira, em que há escassez de serviços públicos, a exemplo dos serviços básicos de educação, saúde e saneamento, devem ser alvo de políticas públicas com viés socioambiental. Os padrões de consumo de parte da população baseiam-se no status e no excesso de bens necessários a uma vida modesta, elevando cada vez mais a produção de materiais poluentes.
A pressão do capital sobre as terras muitas vezes torna reduzida a resiliência dos ecossistemas, sendo mantida ou deslocada a atividade em função do proveito econômico. A manutenção dos serviços ecossistêmicos gerados pela floresta bem estabelecida, a exemplo da produção de água e contemplação da paisagem natural, considerando ainda a produção de alimentos em sistemas agroflorestais, contribui para o alcance das metas do Desenvolvimento Sustentável.
É possível transformar o cenário atual de modo gradativo e constante. Reconhecer o Desenvolvimento Sustentável, enquanto novo modelo de desenvolvimento, a partir de uma sociedade plural e humanitária, solidária e empática às causas alheias, entendendo a educação de qualidade como uma premissa básica para devolver aos povos a autonomia sobre suas soluções e demandas. As políticas públicas e as instituições bem fortalecidas aliadas ao controle social sobre a prestação de serviços públicos, com efetiva participação e colaboração no alcance de soluções para as cidades, podem revelar novos caminhos rumo à sustentabilidade.
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