
A Engenharia de Alimentos e seu campo de atuação
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Este artigo relata sobre métodos de recuperação de estruturas de concreto armado afetadas pela corrosão. Neste estudo, é abordado sobre o funcionamento e caracterização do concreto armado, explica-se o que é a corrosão, a carbonatação do concreto, a ação dos cloretos, definem-se métodos de recuperação estrutural, técnicas de monitoramento e avaliação, para aumentar a durabilidade do concreto armado e métodos de proteção, e tem como objetivo demonstrar técnicas de recuperação da estrutura e técnicas para o monitoramento da corrosão.
A corrosão é uma manifestação patológica que atinge diversas construções, seja de forma natural ou sofrendo ataques de agentes químicos. Essa recuperação é realizada por profissionais especializados nesses casos. Há duas possibilidades para a solução do problema: recuperação da capacidade da estrutura ou demolição da peça contaminada. A melhor opção é escolhida conforme a gravidade e intensidade da corrosão na estrutura. A estrutura deve passar pelas seguintes etapas para recuperação: delimitação, remoção, limpeza, preparação, revestimento, recomposição e proteção.
O concreto armado é um material utilizado por apresentar duas características básicas de um bom material: durabilidade e resistência. Comparado à pedra, que é resistente à compressão e durável e com o aço, que é resistente com as vantagens de ter qualquer forma, com facilidade e rapidez, é ainda o melhor, mais durável e sustentável, material estrutural, de acordo com a Declaração Ambiental de Produto (EPD), introduzida na ISO 14025:2010.
A corrosão é definida pela danificação de um material por ação química ou por ação eletroquímica do meio ambiente, composto por esforços mecânicos ou não. Existe a corrosão seca ou oxidação, originada por uma reação gás metal, formando uma película de óxido. De forma lenta, não provoca danificação considerável das superfícies metálicas, somente quando causado por gases agressivos. Na corrosão eletroquímica ou aquosa acontece devido à criação de uma pilha ou de uma célula de corrosão, com eletrólito e desigualdade de potencial entre espaços da superfície do aço. O eletrólito é formado devido à umidade no concreto onde ocorre desgaste, variações ou modificações. As principais causas que dão origem à corrosão são pelo meio aquoso, pela carbonatação e pela ação de cloretos.
Na corrosão ocorre a produção de compostos ferrosos, onde o volume é maior que o material original. O aumento frequente de volume ocasiona pressões internas no concreto. Como a armadura, geralmente, é colada próxima às faces de um elemento, surgirá fissuras ao longo da barra afetada. A fissuração segue a armadura principal, é raro seguir os estribos, e ocorre o rompimento direto do concreto. As fissuras podem dar entrada na carbonatação e a entrada de agentes agressivos, o que piora o problema.
A carbonatação do concreto, é um processo deletério, ocorre quando há exposição de agentes agressivos, sendo o principal o dióxido de carbono. A intensidade vai variar se os poros estão ou não saturados. O concreto possui alta alcalinidade por causa da hidratação do cimento. O elemento perde a passividade. A carbonatação é dependente de alguns fatores, por exemplo: transporte, lançamento, adensamento e cura, ambiente, cimento e umidade. Esses concretos são identificados com o uso de fenolftaleína. A parte carbonatada permanece com a mesma cor, e a parte que não está, fica rosada. A carbonatação tem um benefício, ela pode proteger a estrutura da penetração de íons cloreto, pois há a redução da porosidade do concreto.
A ação de cloretos é o agente mais agressivo e com potencial de corrosão. A inclusão se dá a partir de quando adicionados aceleradores de pega, agregados e águas contaminadas. Eles agem atacando a película passivadora da armadura e, por hidrólise, juntam-se com os átomos de ferro das barras. Outra reação que ocorre é o aparecimento da ferrugem.
A recuperação de uma estrutura afetada por alguma manifestação patológica não é realizada de maneira rígida, ou seja, normalmente existem vários métodos ou sistemas de reparo para se utilizar, dependendo da gravidade e do tipo de manifestação. A escolha do método ideal dependerá de alguns fatores como a possibilidade de acesso ao local de reparo, fatores econômicos e condicionantes técnicas, que variam de caso a caso. No caso de estruturas deterioradas por corrosão de armaduras, a situação se torna um pouco mais complicada, à medida que o reparo deverá atuar em um ambiente que é, comprovadamente, agressivo.
A manutenção preventiva é uma forma de garantir que a estrutura tenha durabilidade. E, se realizadas intervenções rotineiras, maior a chance de a estrutura permanecer com boa qualidade. Caso contrário, irão aparecer manifestações patológicas de forma mais rápida e será necessário a reparação. A recuperação e o reforço são os métodos utilizados para a correção, com o objetivo de devolver as condições necessárias de desempenho estrutural. Na recuperação ocorre a intervenção, para garantir o retorno da integridade das peças estruturais. No reforço há o ganho da resistência, é feita a elaboração dos cálculos estruturais, levando em consideração a necessidade de alteração da estrutura.
As etapas de recuperação são referentes ao tratamento da reconstituição do concreto deteriorado e a limpeza das partes corroídas. Com o objetivo de restaurar a proteção à armadura restabelecendo as propriedades e características do componente de concreto.
A inspeção visual é uma das formas mais usuais de avaliação de como se encontra o estado de corrosão em estruturas de concreto armado. Na inspeção visual são observadas e registradas as manifestações patológicas no concreto, tais como, porosidade superficial ou manchas de oxidação, perda de concreto por ataque químico, perdas da integridade do concreto devido à atuação de forças internas e externas, armaduras expostas e falta de cobrimento adequado.
Para se avaliar a qualidade do concreto, deve-se realizar as técnicas de avaliação com o auxílio de alguns ensaios, tais como: Ensaio de compressão de corpo de prova; Extração de testemunho; Esclerometria; Ensaio de ultrassom; Ensaio de migração de cloreto; Ensaio de profundidade de carbonatação.
A corrosão de armaduras de concreto armado é uma das principais patologias encontradas nas estruturas. O conhecimento das origens, formas de manifestação e tratamento é de suma importância para avaliação, tratamento e recuperação adequada a ser realizada na estrutura.
As normas e procedimentos de avaliação podem fundamentar técnicas eficientes para esse tipo de patologia. A inspeção visual preventiva precisa ser realizada efetivamente de modo rotineiro para diagnóstico precoce não somente da corrosão, como também para outros tipos de manifestações patológicas e desempenho da estrutura como um todo, havendo assim uma considerável economia nos custos de tratamento da patologia, recuperação ou proteção da estrutura.
Quando a corrosão se torna um grande problema para a estrutura, os estudos para tratamento serão mais aprofundados e poderão ser utilizadas técnicas modernas in loco e de ensaios de laboratório (sendo eles destrutivos ou não), de fácil acesso, que oferecem informações interessantes sobre as condições das armaduras e do concreto, como o exemplo apresentado da técnica de ultrassom e extração de testemunhos.
Este artigo apresentou diversas técnicas e ensaios eficientes realizados em laboratório para diferentes tipos de agressão que a corrosão pode causar na estrutura e apresentou métodos para a recuperação dessa estrutura.
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