Panorama dos aspectos técnicos de moradias autoconstruídas: uma revisão narrativa
A autoconstrução é o processo no qual os próprios moradores assumem diretamente a gestão da produção de suas moradias, adquirindo ...
Assim como aconteceu com outras tecnologias disruptivas, como os CDs, que substituíram os discos de vinil e a iluminação a LED, que está acabando com praticamente todos os outros tipos de lâmpadas, o carro elétrico também terá seus preços despencando nos próximos anos, conforme forem ganhando escala de produção.
Silenciosos e menos poluentes, os números no Brasil já chamam a atenção. São cerca de 1000 eletropostos, como são chamadas as estações de recarga. O maior corredor com postos de carregamento para veículos elétricos na América Latina é o nosso, o Corredor da Via Dutra, que liga Rio de Janeiro e São Paulo, as duas maiores cidades do país.
Para “abastecer” em casa é preciso um carregador específico chamado wallbox. Utiliza uma tomada trifásica e entrega mais energia em menos tempo. O equipamento custa atualmente cerca de R$ 7 mil. A fonte trabalha com tensão de 127 V ou 220 V e o carregamento dura de 12h a 36h.
Já nos eletropostos, os carregadores são de duas potências: o de 22 kW carrega a bateria do carro elétrico em 40 minutos e o de 50 kW em “apenas” 20 minutos. O próprio motorista conecta o cabo ao veículo. A resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica, ANEEL 819/2018, permite àqueles que queiram investir em eletropostos cobrar pelo serviço, o que deve acelerar esse crescimento.
Quanto aos condomínios, a grande questão é se o carregador deve ser ligado no medidor do apartamento do dono do carro ou no medidor de serviço. Pode parecer mais sensato que a recarga de cada carro elétrico seja faturada diretamente na conta de energia do apartamento do proprietário do carro, mas isso causa um grande problema: se todos chegarem do trabalho tradicional, em horário comercial e quiserem colocar o carro para recarregar ali entre as 17 e 19 horas? Irá certamente sobrecarregar o alimentador geral do condomínio e provocar um apagão.
Já existem, para isso, soluções com controle da demanda elétrica e rateio do consumo e, essa sim, deverá ser a solução padrão nos condomínios quando os proprietários de carros elétricos chegarem à casa da dezena. É importante, também, analisar a curva de carga da unidade para identificar em quais horários existem picos de demanda e evitar o carregamento nesses períodos, evitando, assim, sobrecargas no sistema elétrico e possíveis desligamentos.
Desde que haja disponibilidade do alimentador elétrico para atender àquela corrente e não cause sobrecarga nos circuitos à montante, sim. Caso contrário, é preciso fazer o aumento de carga dos circuitos elétricos.
Tantos quanto o seu sistema elétrico suportar e for oferecido pelo seu(s) carregador(es) ou eletroposto(s), ou seja, a quantidade de tomadas para carregamento.
Pode ser que sim. Existem aplicativos de gerenciamento que podem tanto restringir a quantidade, quanto alterar o tempo de recarga para uma corrente menor (se o carregador for compatível) e assim não sobrecarregar o sistema elétrico nos horários de pico, previamente analisados pela curva de carga (avaliado com um analisador de energia).
Qualquer inserção de uma nova carga elétrica pode ter impactos na qualidade da energia. Como é uma carga constante, o maior impacto é a queda de tensão, mas se o circuito tiver sobra de capacidade para atender ao carregamento do(s) carro(s) elétrico(s) não haverá problemas.
A primeira coisa a fazer é contratar um especialista em Análise Energética para avaliar o seu sistema, instalar um analisador de energia para fazer a medição das grandezas elétricas e verificar se os pontos em que se deseja instalar os carregadores/eletropostos suportam as novas cargas, se haverá impactos na qualidade da energia ou se existe a necessidade de obras de infraestrutura elétrica para aumento de carga.
Um bom estudo energético custa a partir de R$ 4 mil, dependendo do número de pontos de medição. Já a estação de recarga para carro elétrico custa a partir de aproximadamente R$ 7 mil, aumentando com o número de tomadas e a potência (quanto maior, menor será o tempo de recarga) e mais uns R$ 3 mil para uma instalação com qualidade e segurança. Existem soluções mais em conta para carregamento residencial, individual, mas para uso em habitações coletivas, como condomínios, esses carregadores não são indicados, já que se todos os proprietários de carros elétricos quiserem fazer a recarga no mesmo período do dia, poderá sobrecarregar o circuito alimentador e desarmar o disjuntor geral do condomínio.
A autoconstrução é o processo no qual os próprios moradores assumem diretamente a gestão da produção de suas moradias, adquirindo ...
Desconstruir mitos sobre energia nuclear é passo importante para o correto entendimento de como esta fonte irá contribuir para o ...
O Brasil é um dos países líderes em utilização de energia renovável, mas quando o suprimento de energia elétrica precisa ...
O Brasil tem um litoral com milhares de quilômetros de extensão e possui, ainda, dezenas de milhares de quilômetros de ...