Panorama dos aspectos técnicos de moradias autoconstruídas: uma revisão narrativa
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Neste 25 de outubro, comemora-se o Dia do Engenheiro Civil, da Construção Civil e de Santo Frei Antônio de Sant’Ana Galvão, considerado o primeiro engenheiro brasileiro.
Os números do setor são animadores. Enquanto a economia brasileira cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022 em relação ao trimestre anterior, a Construção Civil registrou alta de 2,7%.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a Construção Civil foi o segundo setor com maior crescimento no segmento Industrial. A comparação do segundo trimestre deste ano, com igual período de 2021, mostra crescimento de 9,9% na Construção, enquanto a economia nacional cresceu 3,2%.
Nos primeiros seis meses de 2022, comparados a igual período do ano anterior, a Construção cresceu 9,5% e o país 2,5%. No acumulado dos últimos quatro trimestres, no comparativo com os quatro trimestres imediatamente anteriores, a Construção cresceu 10,5%, enquanto a economia nacional cresceu 2,6%.
Com isso, o mercado de trabalho na Construção também vem apresentando resultados positivos. O setor já gerou mais de 430 mil novas vagas com carteira assinada no período pós-pandemia (entre março de 2020 a maio de 2022). A construção de edifícios representou mais 175.640 novas vagas, obras de infraestrutura, 93.961 e serviços especializados para a construção, 166.368 vagas.
Mas nem tudo são flores. O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou inflação de 0,44% em setembro. No ano, o Sinapi tem inflação acumulada de 10,22%. Em 12 meses, o indicador acumula alta de preços de 13,11%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, passou a ser de R$ 1.669,19 em setembro. A parcela dos materiais subiu 0,53% e passou a custar R$ 999,96 por metro quadrado.
Levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aponta que pelo oitavo trimestre consecutivo o principal problema da Construção Civil continua sendo a falta ou o alto custo dos insumos.
Segundo o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os três insumos que mais sofreram aumentos nos custos entre julho de 2020 a junho de 2022 foram: vergalhões e arames de aço ao carbono (99,60%); tubos e conexões de ferro e aço (89,43%) e tubos e conexões de PVC (80,62%).
O crescimento do setor deve ser comemorado, mas as empresas e profissionais da Construção Civil precisam ficar atentos ao mercado e aos desdobramentos políticos do país.
O aumento da taxa básica de juros, a Selic, por exemplo, ameaça adiar o sonho da casa própria de muitos brasileiros. Isso porque, com juros mais altos, o financiamento imobiliário ficará mais caro.
É importante entender que o mercado sempre se adapta. Mas se os bancos e o Governo não incentivarem mais as taxas de financiamento, é provável que haja uma redução no mercado imobiliário em si, porque haverá menos oferta de crédito, menos construção e dinheiro no mercado para as pessoas financiarem imóveis residenciais.
O momento ainda é de expectativas para o setor. Muitas pessoas seguraram os investimentos durante os dois anos de pandemia e estão com a demanda represada.
As pessoas estão começando a pensar em investir novamente. Esse é o aspecto positivo para o futuro do mercado, mas também gera insegurança, porque a cadeia de produtos, insumos e equipamentos para a construção civil sofreu e ainda sofre muito com a falta de materiais. Se a demanda represada for solta de uma vez, a escassez de material pode ser uma das consequências.
A preocupação com o futuro é pertinente. Precisamos formar engenheiros com ótima qualificação e capacitar muito bem todos os níveis de profissionais da construção. Construção com qualidade tem durabilidade.
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